“Aceito os R$ 40 mil de indenização e quero
me livrar da sombra da Uniban”, diz Geisy Arruda.

Estudante queria aumentar para R$ 1 milhão valor pago por universidade que a expulsou

Depois da decisão da Justiça nesta segunda-feira (12) que condenou a Uniban a pagar indenização de R$ 40 mil por danos morais à Geisy Arruda, a ex-estudante afirmou ao R7nesta terça-feira (13) que irá aceitar o valor e não entrará com mais nenhum recurso.

- Não conversei ainda com meu advogado, mas não quero mais dar prosseguimento nesta história. Aceito os R$ 40 mil e quero me livrar da sombra da Uniban na minha vida. Vou conseguir R$ 1 milhão com meu trabalho.

De acordo com Geisy, se seu processo fosse levado ao julgamento em Brasília poderia demorar anos e arrastaria ainda mais esta história.

- O valor que o juíz decidiu é simbólico por toda a exposição que tive. Mas com meu trabalho, depois de tudo que aconteceu, já consegui comprar uma casa para os meus pais, ter uma vida mais estável.

A jovem recorreu à Justiça, pois queria aumentar para R$ 1 milhão a quantia que deveria receber. A 34ª Câmara de Direito Privado do TJ-SP (Tribunal de Justiça de São Paulo) manteve a decisão da 9ª Vara Cível de São Bernardo do Campo, na Grande São Paulo, que condenou a Uniban.

Em 2009, a estudante foi hostilizada por outros alunos da universidade ao usar um vestido curto durante as aulas. Após ser ouvida em sindicância aberta pela instituição, teria tomado conhecimento de sua expulsão por divulgação publicitária pela mídia, sob alegação de desrespeito à moralidade e à dignidade acadêmica. 

Após a decisão de expulsá-la, no entanto, a Uniban voltou atrás e publicou um comunicado decidindo não tirá-la do curso. Em nota, a escola disse que "o reitor [Heitor Pinto Filho], de acordo com o artigo 17, inciso nove e 11, de seu Regimento Interno, revoga a decisão do Conselho Universitário proferida no último dia 6 sobre o episódio do dia 22 de outubro, em seu campus em São Bernardo do Campo [Grande São Paulo]. Com isso, o reitor dará melhor encaminhamento à decisão".